Arquivo mensal: fevereiro 2019
Pode copiar, mas muda um pouco para não ficar igual
Os arautos do dejà vu
E suas toscas máscaras de papel maché
Máscaras de C.D.A.,
de João Cabral de Melo Neto,
de Ana Cristina Cesar
e agora, com vocês,
máscaras de Paulo Henriques Britto
COISAS BOAS E COISAS RUINS -3
COISAS RUINS
O país (mais uma vez)
O país é como
um fim de jogo
em dia de estádio lotado
quando você,
por uma razão muito importante,
tem de entrar
quando todos saem
(seriam as chaves do seu carro, sua carteira, seu filho?)
e eis você
(— sai da frente, ô, viado!)
tentando se mover, mas
parado
no sentido
contrário
ISABELA 31
— Tudo, absolutamente tudo, deve ser interpretado, de uma forma absolutamente cega, como incentivo à escrita. Não é um problema se ninguém te lê agora (escrevamos para um futuro desconhecido). Não é um problema se ninguém nunca te ler (escrevamos para os nossos olhos imediatos). Aceite esse vazio de leitores como uma liberdade. Dance Escreva como se ninguém estivesse v lendo.
WEHRMANN 1
— O negócio do Adorno com jazz, a birra toda, é só porque ele só conhecia aquela coisa de big band. Seria outro juízo se ele fragasse uns bebop.